terça-feira, 20 de setembro de 2011

As principais obras do Barroco Europeu.

Caravaggio - o que melhor caracteriza a sua pintura é o modo revolucionário como ele usa a luz. Ela não aparece como reflexo da luz solar, mas é criada intencionalmente pelo artista, para dirigir a atenção do observador.
Obra destacada: Vocação de São Mateus.     





Andrea Pozzo - realizou grandes composições de perspectiva nas pinturas dos tetos das igrejas barrocas, causando a ilusão de que as paredes e colunas da igreja continuam no teto, e de que este se abre para o céu, de onde santos e anjos convidam os homens para a santidade.
Obra destacada: A Glória de Santo Inácio. 
A Itália foi o centro irradiador do estilo barroco. Dentre os pintores mais representativos, de outros países da Europa, temos:


Velázquez - além de retratar as pessoas da corte espanhola do século XVII procurou registrar em seus quadros também os tipos populares do seu país, documentando o dia-a-dia do povo espanhol num dado momento da história.
Obra destacada: O Conde Duque de Olivares. 




Rubens (espanhol) - além de um colorista vibrante, se notabilizou por criar cenas que sugerem, a partir das linhas contorcidas dos corpos e das pregas das roupas, um intenso movimento. Em seus quadros, é geralmente, no vestuário que se localizam as cores quentes - o vermelho, o verde e o amarelo - que contrabalançam a luminosidade da pele clara das figuras humanas.
Obra destacada: O Jardim do Amor. 




Rembrandt (holandês) - o que dirige nossa atenção nos quadros deste pintor não é propriamente o contraste entre luz e sombra, mas a gradação da claridade, os meios-tons, as penumbras que envolvem áreas de luminosidade mais intensa.
Obra destacada: Aula de Anatomia.







A MODA NA ÉPOCA BARROCA







Era Barroca

A moda nesse momento manteve-se com toda a pompa e rigor ja existentes; os costumes de entao privilegiaram a frivolidade. As roupas estavam mais faceis de ser usadas do que as do periodo anterior. Tecidos como a seda e grossos brocados ornamentados com flores eram os preferidos tanto pelas mulheres quanto pelos homens. O gosto pela inspiraçao na natureza prevalecia. O Barroco foi vinculado aos penteados enormes e aos cabeleireiros femininos. A partir de 1660, a corte de Versalhes começou, de facto, a impor-se perante a Europa com os novos padroes sociais, criando boas maneiras, etiquetas, modos e, principalmente, moda. Os tecidos, veludos e brocados em especial, eram bem sofisticados. Os tecidos eram luxuosos e caros, predominando cores como o vermelho escarlate, o vermelho-cereja e o azul-escuro; entretanto, apareciam cores mais claras como o rosa, o azul-cau e o amarelo-palido. A mulher deveria ser exuberante, delicada e ter um optimo gosto e excentricidade.



O vestuário feminino era mais estilizado; a parte da frente da saia comprida tinha uma racha, revelando um saiote. Nas ancas a roupa era generosamente alargada e levantada graças ao uso de aros de ferro. O peito, inicialmente aberto, era bordado. A forma era quadrada, sendo a parte da frente da peça ricamente decorada com bordados. O estilo do cabelo era estratificado e levantado, ajustado com um suporte em arame. O vestuário masculino era composto por um casaco largo, o qual no final do século XVII era decorado com bordados e fitas; as mangas eram dobradas, revelando uma camisa ornamentada. A parte da frente aberta do casaco permitia ver um colete que se prolongava até ao joelho. A camisa tinha punhos de renda largos e um colarinho com corrente. As calças atingiam o joelho e era usadas em combinação com meias de seda, frequentemente brancas. {A cabeleira era um acessório indispensável ao conjunto.) Este tipo de vestuário serviu de base ao actual fato de homem, composto por um casaco, colete e calças.

 

"A literatura, como toda a arte, é uma confissão de que a vida não basta" Fernando Pessoa

  O Barroco Europeu

O êxtase de Santa Teresa, de Bernini
 Contexto histórico  
A Europa enfrentava profundas crises de ordem política, econômica e social. Período marcado por extremos conflitos espirituais: o cristianismo da Idade Média travava batalha com o racionalismo do Renascimento, resultando em uma arte de antagonismos.

A arte barroca (1600-1750) conseguiu ser o mais suntuoso e ornamentado da história da arte acoplando a técnica avançada e o grande porte da Renascença com a emoção, a intensidade e a dramaticidade do Maneirismo.

Termo de origem portuguesa aplicado para designar  pérola de formato irregular ( nas artes é pejorativo para indicar linhas enroladas ou  irregulares, que se opunham à rigidez do estilo renascentista).

Como causa do movimento barroco, pode-se citar a Contra-Reforma que fez a sociedade reagir contra as tendências pagãs do renascimento através da arte.

Apesar de ter sido um estilo internacional, percebemos sua maior força entre países como a Itália, Espanha e Áustria, não tendo atingido muito os países protestantes como a Inglaterra.

Da Europa, o barroco irradiou-se para a América Latina, onde permaneceu durante um século.

Principais características
  • A perspectiva aérea aprimora a ilusão de profundidade. Tentativa de representar o infinito
  • A teatralidade das obras, o dinamismo, a  urgência,  o conflito e o forte apelo emocional.
  • As formas desobedecem às leis lógicas
  • Composição em linhas diagonais, provocando intensamente a sensação de movimento.
  • Equilíbrio assimétrico causando dinamismo na composição
  • Grandiosidade, volume luz e sombra .
  • Linhas curvas contorcendo-se em espiral.
  •  Mistura de diversos gêneros artísticos
  • Perfeição técnica do desenho e da representação do corpo humano
  • Qualquer temática poderia ser acompanhada de uma revoada de anjos.

Arquitetura
Basílica de São Pedro
A arquitetura barroca prevalece sobre as demais manifestações artísticas. E está inteiramente interrelacionada à escultura.
Características: exterior simples, em oposição ao interior opulentamente ornamentado, com  valorização do entalhe;  altares e retábulos luxuosamente ornamentados com  policromia e aplicação de ouro;  fachadas simples com frontões  triangulares modificadas por curvas e volutas; preferência pelo uso de cúpula e tetos pintados de forma a dar efeito de espaço para o céu
Principais arquitetos: Borromini, Guarini , Maderno e Bernini.

Escultura
A escultura contribui para a estética da arquitetura através de movimentos. As esculturas barrocas mostram faces humanas marcadas pelas emoções, principalmente o sofrimento. Os traços se contorcem, demonstrando um movimento exagerado. Predominam nas esculturas as curvas, os relevos e a utilização da cor dourada.
Apolo e Dafne, de Bernini
 Características da escultura: curvas e contracurvas, dramaticidade, drapeados, emoções, espirais, exagero de detalhes e movimento e expressividade da figura humana.
Principal escultor: Gian Lorenzo Bernini - arquiteto, urbanista, decorador e escultor.
Pintura
A ceia em Emaús, de Caravaggio

Os contrates fortes de luz e sombra movendo o espaço pictórico, linhas em espiral criando um ritmo dinâmico, através de um movimento em cadeia sempre contínua marcam a pintura barroca.

Características da pintura barroca
  •  Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos) - era um recurso que visava a intensificar a sensação de profundidade.
  • Composição assimétrica, disposição dos elementos em diagonal - que se revela num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista.
  • Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática.
  • Expressão exacerbada dos sentimentos
  • Figura saltando do fundo escuro
  • Linhas curvas
  • Várias figuras em um mesmo quadro
  • Temas: Em países católicos, como Flandres, a arte religiosa florescia, ao passo que nas terras protestantes do norte da Europa, como a Inglaterra e a Holanda, as imagens religiosas eram proibidas. Em conseqüência, a pintura tendia a naturezas-mortas, retratos, paisagens e cenas do cotidiano.
O jardim do amor, de Rubens

  • Música: principais compositores: Bach, Haendel, Vivaldi e Rameau.
  •  Dança: o ballet ganha importância, principalmente, com Luís XIV, na França.
O triunfo da divina providência, de Andrea Pozzo